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Webinar “Será Stress ou Ansiedade?”

Dia 21 de setembro pelas 19 horas terei o prazer de dinamizar o webinar “será stress ou ansiedade” via zoom em direto do Trofa saúde hospital central. A participação é gratuita, embora careça de inscrição obrigatória.

Mais informações e inscrições pelo link: https://www.trofasaude.pt/eventos/stress-e-ansiedade/

Técnicas de análise do comportamento não-verbal

Enquadramento


O comportamento humano está no topo de um processo que engloba inúmeras variáveis, internas e externas que o condicionam a situações específicas e que o alteram à medida que essas experiências vão surgindo no dia-dia do sujeito.


Tal como as inúmeras variáveis que o condicionam, também ele se manifesta por diversos meios, sejam eles verbais e não verbais.
Compreender essas manifestações torna-se uma mais-valia na comunicação e na interação com os diversos indivíduos com quem interagimos nas mais diversas situações.


Com foco na Psicologia Social e na interação social humana inerente, este curso permite uma compreensão dos mecanismos psicológicos associados à análise comportamental do indivíduo focando-se na linguagem verbal, não verbal e nos processos cognitivos presentes na motivação e expectativa de determinado comportamento.

Objectivos Gerais
Identificar e aplicar estratégias que permitam desenvolver uma capacidade de análise do comportamento não verbal do indivíduo com
o recurso à Linguagem Corporal e às Micro-Expressões Faciais.

No final da formação, os formandos devem ser capazes de:

  • Compreender os conceitos de Comportamento Social, Influência e Persuasão
  • Desenvolver a capacidade de observação e análise da Linguagem Não Verbal
  • Serem capazes de identificar sinais de desconforto na linguagem não verbal e associá-los à congruência ou incongruência da linguagem verbal

Objetivos Específicos

  • As Emoções e o Comportamento Social
  • Contributos Antropológicos e Evolutivos na Interação Social
  • Posturas que promovem e cessam a comunicação
  • As micro-expressões faciais
  • Ergonomia, distâncias zonais e movimentação no espaço
  • Deteção e Mentira e Sinais de Desconforto
  • Modelos Psicológicos e Emocionais aplicados à Mentira
  • Manifestações de Incongruências verbais e não verbais.

Conteúdos Programáticos

Nível 1: Comportamento Social, Influência e Persuasão

As Emoções e o Comportamento Social
Contributos Antropológicos e Evolutivos na Interação Social
Persuasão e Influência


Nível 2: Análise de Linguagem Não Verbal

Posturas que promovem e cessam a comunicação
As micro-expressões faciais
Ergonomia, distâncias zonais e movimentação no espaço


Nível 3: Deteção e Mentira e Sinais de Desconforto

Verdade e Mentira: Constructos sociais e de comunicação
Modelos Psicológicos e Emocionais aplicados à Mentira
Manifestações de Incongruências verbais e não verbais.

Carga Horária: 12 horas

Formato: Presencial

Acreditação:

Formador:

João Fernando Martins,
Psicólogo desde 2008
Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde
Orientador de Estágios de Admissão à Ordem dos Psicólogos

Licenciado Pré-Bolonha em Psicologia (ISMAI)
Mestre em Medicina Legal e Ciências Forenses (ICBAS)
Doutorando em Processos Psicológicos e Comportamento Social (USC)

Dedica a sua actividade ao atendimento clínico no privado a adolescentes e adultos no Porto, Maia, Matosinhos e Póvoa de Varzim.

Formador em várias Universidades e Instituições internacionais nas áreas da Psicologia Clínica e Forense.
Consultor em Análise Comportamental, Persuasão, Influência e Gestão Emocional, no âmbito do treino de Softskills.
Formador certificado pelo IFEP, CCPFC, ISA, WBA, UNDSS e ISO-SEC.

Onde se pode inscrever:

Ações com periodicidade regular nos seguintes locais:

Centro de Formação ao Longo da Vida, Universidade da Maia

Gabinete de Formação da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro

Contactos: psicologia@joaofernandomartins.com

Porque todos usamos máscaras?

Não deixa de ser muito interessante falarmos de máscaras em pleno Carnaval.

Porém, e contrariamente ao que a maioria das pessoas pensa, o uso de máscaras é quase tão antigo como a própria humanidade.

Desde o inicio da nossa civilização, ou seja, desde que começamos a “conviver uns com os outros” que o ser humano tem necessidade de esconder ou mostrar mais do que aquilo que realmente é.

Seja para esconder imperfeições, seja para provocar um impacto maior nos outros, seja para se sentir mais confiante em determinada situação.

O uso da máscara está intrínseco ao ser humano. Aliás, a palavra “pessoa” deriva de “persona” que era o nome que os actores romanos davam às máscaras que usavam em teatro.

Um dos maiores símbolos do teatro são então, coincidência das coincidências, duas máscaras.

O uso da máscara não está dependente de nenhum contexto histórico, religião ou grau evolutivo de uma sociedade mas está sim disseminado um pouco por todas.

Existem tribos em África que antes da batalha se mascaram para provocarem medo nos adversários, existem tribos na Costa Rica que se mascaram para os rituais de passagem a adultos dos novos membros, existem pessoas que usam a máscara de um determinado filme como imagem de grito de revolta ou identificação com os ideais de um grupo. Existem também pessoas que se mascaram no Carnaval.

Mas destas máscaras estamos todos cientes da sua existência histórica. E das outras?

Pois é, todos nós, todos os dias usamos máscaras que nos ajudam a conviver com outras pessoas, inclusivamente com aquelas que não gostamos.

Os nossos papéis diários (de pai, filho, avô, patrão, empregado, amigo, namorado) exigem que nos mascaremos. Mascaramos-nos para nos sentirmos integrados, nos sentirmos aceites. Ninguém é CEO de uma grande empresa e vai trabalhar com o pijama que dormiu na noite anterior. E também convém que depois de uma visita à sogra se diga “muito obrigado dona Maria foi um prazer”, quando no fundo foi uma seca. – isto são máscaras, as nossas máscaras.

Se por um lado é bom que as tenhamos (já pensaram no caos que seria se cada um dissesse o que sentia, a toda hora?), por outro há que ter cuidado.

A nossa sociedade exerce uma pressão imensa sobre nós e muitas vezes acabamos por usar mais as máscaras por medo do que por outra coisa qualquer.

O problema acontece quando nos habituamos demasiado às nossas máscaras, ao ponto de já não sabermos quem realmente somos.

Muitas vezes em consultório aparecem-me pacientes que se dizem infelizes. Quando lhes pergunto porquê, dizem que não sabem! – a máscara já está lá à tanto tempo que já não a distinguem.

Existem pessoas que passam a vida toda acomodadas à máscara. Porque a máscara é confortável, é um mal menor.

Aliás, muito do trabalho da Psicologia arriscava-me a dizer, passa por desmascarar a pessoa, ou melhor, que ela se desmascare a ela própria para que descubra realmente quem é.

Não faltam pessoas mascaradas de pessoas felizes.

Deixo-vos a pensar se não seremos mais nós próprios quando nos mascaramos no Carnaval, do que no resto do ano quando nos mascaramos de “pessoa”.

João Fernando Martins